Pense numa bolha de luxo deslizando sobre o Sena. Na proa ou na popa do navio, serviço de restaurante estrelado, bem ao estilo de Alain Ducasse, que coleciona nada menos que 20 estrelas Michelin. O cruzeiro do chef é a mais garantida (senão a única) experiência de alta gastronomia no rio parisiense.
As boas-vindas a bordo do Ducasse sur Seine merecem, sim, uma tacinha de champanhe. Só para entrar no clima. Afinal, você está aos pés da Torre Eiffel, prestes a passar por Patrimônio Mundiais da UNESCO, seja na Margem Direita, seja na Esquerda. Em outras palavras, Museu do Louvre, Place de la Concorde, Grand e Petit Palais, Catedral de Notre Dame, Sainte-Chapelle, Museu D’Orsay e por aí vai!
Mais: você está prestes a provar a alta cozinha contemporânea da grife Ducasse, uma mistura de produtos da estação de diferentes terroires franceses (valem os legumes da Provence, os peixes da Bretanha, carne da Borgonha, cogumelos do Val d’Oise…), receitas clássicas, hospitalidade e elegância sem exageros.
Para embalar, a trilha sonora é eclética, alterna Edith Piaf, Daft Punk, Claude Debussy e hits franceses de forma original e harmônica. Para ajudar, o barco, com propulsão elétrica, é ecologicamente correto. E, melhor de tudo, silencioso – um trunfo para quem escolheu o cruzeiro exatamente pensando numa bela refeição e também para quem quer curtir a playlist.
Outra curiosidade, o Ducasse sur Seine é o primeiro cruzeiro com catering a ser construído desde 2011 e seu lançamento, no final do ano passado, coincidiu com a perda da concessão dos restaurantes sobre as vigas da Torre Eiffel, incluindo o icônico Jules Verne.
O restô onde Donald Trump jantou a convite do presidente Emmanuel Macron, com vista de tirar o fôlego, menus caríssimos e lotação diária, comandado durante uma década por Alain Ducasse passou à batuta de outro chef estrelado, Thierry Marx e seu aliado Frédéric Anton, gerando polêmica nos meios gastronômicos franceses e alavancando as expectativas em relação à nova embarcação.
Fofocas à parte, para tirar as próprias conclusões é preciso desembolsar ao menos 100€ para um almoço de três tempos e uma taça de vinho. O jantar sobe para 150€. Outra opção são as “pausas gourmandes”, a partir das 16h, com quitutes doces e salgados (35€ com uma bebida quente ou 36€, com tacinha de vinho ou champagne).
Laisser un commentaire