A figura de Edith Piaf tocou toda Paris e o mundo. Suas músicas e sua voz ainda nos movem profundamente. Hoje, la Môme completaria o 101 anos. E para celebrarmos, seguiremos os seus passos.
A lenda de Edith Giovanna Gassion começou com seu nascimento, na Rue de Belleville, 72(distrito 20º).
No local, uma placa declara: « Em 19 de dezembro de 1915, Edith Piaf nasceu em grande miséria. Sua voz um dia tocaria o mundo. » Edith Piaf nasceu em Hospital Tenon na Rue de la Chine (20). Uma estátua da cantora, colocada na praça que leva seu nome, está a poucos metros de lá. Antes de ser um pássaro, Piaf era um pardal, uma criança de Belleville que começou cantando cantigas ao lado de seu pai no final de seu ato como contorcionista.
A voz da « Môme » toca Paris
Aos 15 anos, Edith partiu sozinha pelas ruas de Paris, em Montmartre. Entre Pigalle e Blanche, sua vida cruzou a de P’tit Louis, seu primeiro grande amor, com quem ela teve Marcelle em 1933, sua efêmera criança que foi levada pela meningite em 1935.
Seu destino estava esperando por ela na esquina da Rue Troyon e Rue Mac-Mahon (Distrito 17°) em um dia de outubro de 1935. Ela foi descoberta por Louis Leplée, dono do cabaré Le Gerny que fica localizado na Rue Pierre-Charron (Distrito 8ª) e então, ela se mudou da rua para o palco. Ele era chamada de “petite Piaf” ou « pardalzinho » (Piaf é gíria para pardal).
Ela cantou em Le Gerny e foi um triunfo imediato. Em 1937, com 22 anos de idade, no palco do templo da sala de música, o ABC (distrito 2º), a Môme tornou-se definitivamente Edith Piaf. Ela invadiu os cinemas e teatros, onde Jean Cocteau transformou-a em sua estrela em “Le Bel Indifférent”. Depois vieram as lendárias Salle Pleyel, Olympia, Bobino.
Eternamente apaixonada
Da Porte de Bagnolet (Distrito 20°) ao conforto burguês da Porte d’Auteuil 5 (Distrito 16°), Piaf era antes de tudo uma nômade, e raramente mobiliava seus apartamentos. Piaf era intensa e apaixonada quando cantava e também tinha muito talento. Yves Montand, o grupo Les Compagnons de la Chanson, Charles Aznavour, Eddie Constantine … todos lhe agradeceram por acreditar neles, por amar alguns deles e sobretudo por conduzir suas carreiras.
La vie en rose, sucesso, Cerdan, seu grande amor …
No final de 1945, estabelecida na avenida Marceau (distrito 16º) com seu companheiro Montand, a própria Piaf escreveu uma das canções mais populares de todos os tempos, La Vie en Rose. Ela se separou de Montand em 1947 e partiu para Nova York para cantar suas canções parisienses, » la fille de joie au coin de la rue Labat » (a menina alegre na esquina da rua Labat – letras de L’accordéoniste), ou a menina « Qui essuie les verres au fond du café » (que seca copos na parte de trás do café – letra de Les Amants d’Un Jour).
Nos EUA, Piaf apaixonou-se pelo boxeador Marcel Cerdan, que já estava casado. A casa da cantora em Rue Leconte-de-Lisle n°7, (distrito 16°), foi testemunha da paixão desses dois amantes. Mas o Hymne à l’amour, escrito para Cerdan em Setembro de 1949, terminou um mês depois, em 28 de Outubro, quando o seu avião caiu nos Açores.
Em 1955, ela cantou no Olympia e formou uma inabalável amizade com Bruno Coquatrix. Seus shows salvaram a lendária sala de música por várias vezes.
Último lugar de descanso, cemitério Père Lachaise
Em 11 de outubro de 1963, Piaf morreu no sul da França. Théo Sarapo, seu último marido, trouxe seu corpo de volta para casa do casal no Boulevard Lannes N°67 (distrito 16°) em segredo. Voltando às suas origens pela última vez, foi sepultada no cemitério Père-Lachaise (distrito 20°), nas proximidades de Ménilmontant e das ruas do bairro de Belleville.
O íntimo museu Edith-Piaf
O museu é um pequeno apartamento no distrito 11° (5 Rue Crespin du Gast, 75011) em que Piaf viveu por um ano em 1933. Se tornou um museu privado dedicado à cantora e permite aos visitantes descobrir Piaf em seu ambiente íntimo. As suas lembranças são exibidas nos dois quartos do apartamento, incluindo um dos seus famosos vestidos pretos, brinquedos de pelúcia que lhe foi dado pelo seu último marido, um par de luvas de boxe pertencentes a Marcel Cerdan, extratos de suas cartas, fotos da cantora e seus sapatos de palco, ela calçava 32. Estes momentos íntimos da vida de Piaf são relatados pelo dono do apartamento, Bernard Marchois, que conheceu a cantora quando ele era jovem.
Visitas grátis, mediante marcação, telefone 00 33 (1) 43 55 52 72
Tradução livre do artigo publicado pelo paris.fr
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