Skip to content
  • Home
  • Visitas
    • Insólito
    • Museus
      • Exposições
      • Gratuitos
      • Ao redor de Paris
    • Monumentos
      • Românticos
      • Imperdíveis
  • Comer & Beber
    • Restaurantes
      • Cozinha Francesa
      • Variados
      • Vegetarianos
    • Bares e Cafés
  • Eventos
    • Natal e Ano Novo
  • Informações Úteis
  • Hospedagem
  • Especial
    • Compras
    • Família
    • LGBT
  • França
  • Loja
    • Carrinho
    • Checkout
Instagram Facebook YouTube Twitter
Menu

Embalada Paris

Instagram Facebook YouTube Twitter
  • Home
  • Visitas
    • Insólito
    • Museus
      • Exposições
      • Gratuitos
      • Ao redor de Paris
    • Monumentos
      • Românticos
      • Imperdíveis
  • Comer & Beber
    • Restaurantes
      • Cozinha Francesa
      • Variados
      • Vegetarianos
    • Bares e Cafés
  • Eventos
    • Natal e Ano Novo
  • Informações Úteis
  • Hospedagem
  • Especial
    • Compras
    • Família
    • LGBT
  • França
  • Loja
    • Carrinho
    • Checkout
Hit enter to search or esc to close
Home  >  Exposições • Museus  >  Maria by Callas, a exposição
Posted inExposições Museus

Maria by Callas, a exposição

Posted By Danielle Crepaldi Carvalho
Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+

Maria Callas (1923-1977) revive em “Maria by Callas: la exposition” (organizada por Tom Volf), apresentada no Grand Salon da jovem La Seine Musicale – belo conjunto de edifícios voltados à música popular e erudita, inaugurado em abril deste ano. Situada em Boulogne-Billancourt, às portas da cidade e às margens do Senna (metrô Porte des Sèvres), a portentosa construção em formato de navio parece prestes a despregar-se da terra e sair em passeio pelo rio, como um dos Bateaux Mouches tão populares na cidade. Inserida nesses domínios, a “Maria” de Callas – a persona privada em detrimento da pública – convida-nos a uma viagem afetiva.

Partituras, fotografias e autógrafo de Callas

Os 800 m2 do Grand Salon estão repletos de suas fotos, de suas entrevistas e performances gravadas em áudio e vídeo, de seus vestidos, sapatos, óculos, cartas, amuletos; memorabília que galvaniza o público fetichista o qual lota o salão como se pudesse depreender desses pedaços de recordações uma porção da diva, como se ela estivesse impregnada nos objetos que a tocaram ou que ela tocou.

Quem foi Maria Callas? A exposição é capciosa desde o título, deixando claro que, ali, a pessoa privada passará pelo crivo da pública: quem coloca Maria diante do público é Callas, tornada mítica ainda em vida – mitologia perpetuada graças à morte prematura, que a embalsamou jovem e linda, infensa ao esmaecimento do talento e da beleza física. Desaparecido o corpo, restam as imagens, as lembranças e a voz que dão à mulher a perenidade da estatuária grega.

Maria Callas cantou desde criança – é o que, por meio da artista, a expo nos conta –, trocando a infância pelos concursos de talentos infantis nos quais a matriculara a mãe, com a quem ela teve desde logo uma relação de amor e ódio. A jovem tocada pelo gênio parece ter se tornado a tábua de salvação da família empobrecida. Chegou à adolescência com poucos amigos e sólida formação no canto lírico, conquistada em parte considerável na Grécia de seus ascendentes (nasceu María Kekilía Sofía Kalogerópulu, em New York, retornando com os pais à Grécia dez anos mais tarde).

A Madonna presente do marido e os grossos óculos de acetato para correção da alta miopia (com os quais tanto se identificou a blogueira…)

Malgrado os inícios precoces, a carreira demora a decolar. Uma Callas ponderada – e poliglota – explica em francês a necessidade de se escolher bem os papéis a representar, de se saber preparada antes de se aventurar num projeto, sob o risco de perder os favores da crítica. O sangue frio, curioso em alguém com tanta intensidade dramática, parece justificado: Callas narra o repúdio sofrido depois que fora reprovada num teste no Scala de Milão – o Coliseu dos teatros de ópera da Itália.

Cena e figurino de “Medeia”, de Pasolini

A artista deixava para derramar em cena a sua personalidade reputadamente inflamada, fazendo o pragmatismo reger os contratos que firmava. A carreira italiana começa aos 24 anos, em 1947, na Arena de Verona. Uma obra do bel canto, “La Gioconda”, de Ponchielli. Outra viria um ano mais tarde, em Florença: “Norma”, de Bellini. E em 1949, um tour de force, a alternância das “Valquírias”, de Wagner, e de “I Puritani”, de Bellini, que ela aprendera num par de dias para substituir a cantora originalmente contratada para o papel. Das mais inefáveis frases musicais feitas para coloratura à potência vocal e dramática requerida ao drama wagneriano; a dois anos da estreia, Maria Callas comprovava ter a rara extensão vocal da soprano absoluta.

Ao dom natural se somava a inteligência cênica. “Maria by Callas: la exposition” desfralda ao público um conjunto de registros preciosos das performances de Callas na “Tosca”, na “Medeia”, na “Madame Butterfly”. A cegadora paixão da musa que está prestes a perder o homem que ama; a heráldica da rainha que se vê abandonada, apartada de seus filhos, desterrada; a submissão da gueixa frente ao dominador de seu país e de seu coração: todas desvairadas histórias passionais de desfechos lúgubres oriundas do mais delinquescente dramalhão, e Callas as lê com uma estonteante economia de gestos, com uma justeza de atriz dramática.

É notório o esforço da artista de se assemelhar à Audrey Hepburn da “Bonequinha de Luxo” (1961), que a levou a desaparecer das vistas do público, para o qual retornaria pouco tempo – e trinta quilos mais magra – depois. No entanto, a sua personalidade dramática aproxima-a menos da radiância de Audrey e mais da densidade de uma Anna Magnani, atriz cujo corpo, solidamente pregado à terra, dava forma a todas as dores do mundo. A “Medeia” de Pasolini (de 1969) é uma boa prova disso. Callas é ali a antidiva lírica. Praticamente muda, transmite pelos olhos todo o torvelinho da rainha preterida, todo o horror trágico da mãe que se vê obrigada a sacrificar a prole – esforço notável, já que a magnificente “Medeia” de Cherubini era um de seus cavalos de batalha.

Callas era antes atriz que cantora. Uma vez tendo rareado a sua voz (o que se deu em fins dos anos 60), trocou as óperas pela docência. Suas reflexões sobre as gêneses de suas personagens formuladas nesse contexto são atravessadas pelos postulados de Stanislavski, modernos então mesmo no campo do teatro:

O mundo da personagem é um mundo que está em nossa alma, que nós devemos criar com a ajuda da música. (…) Sobre isso se trabalham os detalhes, os traços. Enfim, pergunto: se eu fosse esta mulher, como eu reagiria, que atitudes tomaria? Quem é ela? Uma rainha, uma mulher da alta-sociedade, uma mulher comum? Como ela se comporta, como se move, como enverga as roupas? E então, pouco a pouco a sua silhueta toma forma.

Maria Callas estendeu o star system cinematográfico para o campo operístico: desfraldando ao público, junto com seu talento, a sua vida pessoal conturbada, os amores malogrados, as traições, as perdas de várias ordens. Sua relevância, todavia, caminha para além do âmbito capitalista do estrelismo, da comercialização ad nauseam da imagem da celebridade enquanto objeto simbólico. Coube-lhe o papel enorme de injetar densidade psicológica nas personagens que representava, atualizando o tradicional gênero operístico, transformando-o numa arte do seu tempo.

Se a eletricidade que a sua presença fantasmática gera ainda hoje junto ao público deve-se à eficiência com que ela construiu a sua imagem de estrela num mercado já amoldado ao consumo das celebridades, deve-se tanto mais à comunicação visceral que ela estabelece com o público. Uma só nota de sua Gioconda, renascida em retalho em certo concerto no Japão, nos anos de 1970, demonstra que a personalidade, a emoção e a dimensão pessoal da mulher são tão potentes quanto o aparelho fonador ou a técnica para a tessitura das vozes líricas. Como os travos do destino a haviam macerado, Callas nunca fora mais divina do que ali, quando se mostrava tão humana.

Ao rememorar a artista desaparecida aos 54 anos, a exposição da Seine Musicale escolhe o caminho que ela tão bem teceu, o do mito. Nada se diz sobre o ataque cardíaco que a levou, morte demasidamente comezinha para a diva que tantas vezes se aproximou das personagens trágicas que representava. O imenso cortejo que acompanha o féretro, o qual fecha a exposição, retoma a dimensão de performance que ela procurou dar à sua arte e vida. Callas desaparece numa morte operística porque só assim pode, como as suas heroínas, ressurgir para além dos séculos, em jornadas sentimentais como esta organizada pela Seine Musicale.

Exposição Maria by Callas
16 setembro a 14 de dezembro 2017
11h às 19h
(fechado segundas-feiras)
14,50€
Recomendado reservar com antecedência.

Tags: Arte Exposição Maria Callas
Danielle Crepaldi Carvalho

Estudante, professora, pesquisadora, blogueira, amante apaixonada de cinema – tudo isso junto e na mesma intensidade, ainda que com regularidade variada...

Previous Article Descontos na Apple

Related Posts

Posted inExposições Museus

Exposição: David Hockney em Paris

O Centro Pompidou, em colaboração com a Tate Britain em Londres e no Metropolitan Museum de Nova York, recebe a retrospectiva mais completa dedicada ao trabalho de David Hockney. Exposição imperdível em Paris A exposição celebra

Continuar about Exposição: David Hockney em Paris
Posted By Michelson
0
Posted inMuseus

Primeira visita no Louvre

O Louvre é o maior museu do mundo. Sua coleção exposta ao público reúne 38000 obras de arte trazidas dos quatro cantos do planeta. Quando estamos de passagem e só temos algumas horas para visitá-lo,

Continuar about Primeira visita no Louvre
Posted By Michelson
0

Leave a Reply

Cancelar resposta

Produtos

  • Museu de Orsay 18,00€ – 48,00€
  • Louvre completo 18,00€ – 48,00€

Sobre nós

Embalada Paris

Apaixonados pela cidade-luz que, por muitos anos, frequentamos os metrôs parisienses, as universidades, empresas, bares, monumentos, lojas e ruelas. Todos os dias. E, mesmo assim, conseguimos encontrar lugares fantásticos a cada nova caminhada pelas estreitas ruas do Marais ou nos bazares de cidades periféricas. E é com toda essa paixão por terras napoleônicas que estamos aqui para compartilhar com você tudo que sabemos sobre Paris.

Post mais recentes

  • Maria by Callas, a exposição Danielle Crepaldi Carvalho 29 novembro 2017
  • Descontos na Apple Michelson 27 novembro 2017
  • Natal em Paris com a família Michelson 15 novembro 2017
  • Popular
  • Recent
  • Apple na França 13 outubro 2017
  • Museus gratuitos em Paris no 1° domingo do mês 2 dezembro 2016
  • Museus de Paris gratuitos 15 dezembro 2016
  • Top 5 bares Gay de Paris 5 Janeiro 2017
  • Maria by Callas, a exposição 29 novembro 2017
  • Descontos na Apple 27 novembro 2017
  • Natal em Paris com a família 15 novembro 2017
  • Mercado de natal de Paris 2017 15 novembro 2017
Outros hotéis em Paris
reserve agora

Inscreva-se na NewsLetter!

Receba o melhor conteúdo entregue diretamente em sua caixa de entrada!

Instagram Facebook Twitter YouTube
Follow us on Instagram
    © Copyright 2017. Embalada Paris. Pouce Digital
    • Blog
    • Quem somos
    • Termos e Condições
    • Contato