O ritmo intenso de vida nas grandes cidades tem uma ordem certa e quase imutável: trabalho – metrô – casa – metrô – trabalho. Ou na rima francesa: boulot – metro – dodo (bulô – metro – dodô), o que quer dizer quase a mesma coisa, trabalho – metrô – soneca.
Frequentar o metrô é tão corriqueiro para um número enorme de pessoas que, muitas vezes, eles nem se dão conta da feiura subterrânea. Ou beleza. Passar uma hora ou mais embaixo da terra pode não ser tão ruim assim quando o destino leva a preciosidades da arquitetura e da engenharia, como a estação Arts et Métiers, da linha 3 parisiense.
É verdade que, a exceção das estações Arts et Métiers e Franklin Roosevelt, o restante das paradas segue um padrão (de azulejos brancos) sem apelo visual característico. Diferentemente de outras cidades europeias que inovaram na arquitetura subterrânea de algumas estações, Paris conta apenas com a criatividade de seus moradores para tornar a viagem inesquecível.
Um exemplo de como a viagem pode instigar a criatividade dos passageiros é o ensaio Métropolisson do fotógrafo Janol Apin que evoca de maneira literal os nomes de algumas estações parisienses.
Andar de metrô em Paris, em algumas linhas como a 6 e a 2, pode ser verdadeiramente encantador também pelo fato que alguns trechos do caminho são descobertos e ganha-se mais alguns minutos para apreciar uma das cidades mais lindas do mundo.
Veja o artigo sobre o Transporte público de Paris
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